A Fundação Getulio Vargas (FGV) antecipou a divulgação do resultado preliminar das provas objetivas do concurso do Ministério Público da União (MPU). Ao todo, 18.924 candidatos foram aprovados nesta primeira etapa, número que surpreendeu até os mais otimistas.
A liberação dos resultados, prevista inicialmente para o dia 10 de junho, ocorreu com um dia de antecedência. Com isso, o prazo para interposição de recursos também foi alterado e deve acontecer nos dias 10 e 11 de junho, diretamente no portal da FGV.
Com a mudança na data, ficou a assim o novo cronograma do concurso do MPU:
- Resultado definitivo da prova objetiva: 26 de junho
- Resultado preliminar da prova discursiva: 4 de agosto
- Resultado final da prova discursiva: 15 de setembro
E as redações?
Com a retificação publicada em janeiro, o número de redações a serem corrigidas ou para quase 10 mil, incluindo todos os candidatos empatados na última colocação de corte em cada cargo.
A divisão de candidatos por especialidade segue critérios de ampla concorrência, além de cotas para pessoas com deficiência (PcDs), candidatos negros e minorias étnico-raciais.
Exemplos de distribuição:
- Direito – DF: 700 redações (420 ampla + 70 PcDs + 140 negros + 70 minorias)
- Desenvolvimento de Sistemas: 650 redações
- Técnico em istração – DF: 1.000 redações
Há ainda cargos com apenas 40 ou 50 redações a serem corrigidas, a depender da área de atuação e da quantidade de vagas oferecidas.
Como foi o concurso do MPU?
Tomando como base as informações do edital, é possível afirmar que a prova objetiva foi composta por 80 questões:
- 30 de Conhecimentos Gerais
- 50 de Conhecimentos Específicos
As disciplinas abordadas incluíram:
- Língua Portuguesa
- Noções de Sustentabilidade
- Direitos Humanos e ibilidade
- istração Pública
- Legislação Institucional
- Direito istrativo
- Perícia em Processo Civil (para peritos)
Para ser aprovado, o candidato precisava atingir:
- Mínimo de 12 acertos no Módulo I
- Mínimo de 25 acertos no Módulo II
- Pelo menos 45 acertos no total
A prova discursiva consistiu numa redação dissertativo-argumentativa, com temas distintos por cargo:
- Analistas: “Conquistas espaciais – impactos e benefícios”
- Técnicos: “Angústias dos cidadãos contemporâneos, como a recusa ao trabalho ou filhos”
A nota mínima para aprovação nessa etapa é de 20 pontos (num total de 40).
Dificuldade da prova
As redes sociais registraram inúmeros comentários sobre a dificuldade da prova. Muitos candidatos relataram que as questões exigiram nível alto de conhecimento técnico:
“Foi definitivamente o concurso mais difícil que já prestei”, disse um candidato na rede social X. “O nível foi altíssimo”, cravou outro em um comentário do Instagram.
Embora a prova valesse 80 pontos, poucas notas ultraaram os 70 pontos entre os aprovados, o que reforça a percepção geral de uma prova bastante exigente.
Quais são os cargos e salários do concurso?
O concurso oferece 172 vagas imediatas, além de formação de cadastro reserva, com salários iniciais que podem chegar a R$16.637,08. As oportunidades estão divididas entre os níveis técnico e superior:
Técnicos:
- istração (DF e demais estados)
- Policial Institucional
- Enfermagem
Analistas:
- Direito
- Comunicação Social
- Engenharia (diversas especialidades)
- Psicologia, Serviço Social, Odontologia, entre outros
A maior parte das vagas é destinada ao Distrito Federal, mas há oportunidades distribuídas em outros estados.
Os próximos os
Quem deseja contestar o resultado preliminar das provas objetivas precisa agir com certa velocidade.
Os recursos serão aceitos nos dias 10 e 11 de junho, e a expectativa cresce com a próxima etapa, especialmente entre os que ainda aguardam a correção da redação.
Lula aumentou patamar de cotas
Em uma cerimônia fechada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou recentemente a lei que amplia o percentual de cotas raciais em concursos públicos federais.
A reserva, antes de 20%, a a ser de 30% das vagas destinadas a pessoas negras. A nova legislação também inclui indígenas e quilombolas no sistema de cotas, adotando modelo semelhante ao utilizado nas universidades federais.
A medida vale para concursos de órgãos do governo federal, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.